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As redes sociais como palco de sintomas

  • Foto do escritor: Marilia Antunes
    Marilia Antunes
  • 19 de dez. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de abr.

Pensar a psicanálise nos dias atuais nos leva a buscar uma compreensão dos conceitos fundamentais propostos por Freud à luz da cultura de nossa época. Vivemos tempos de hiperexposição da subjetividade, em que o conceito de sociedade do espetáculo, introduzido por Debord, ganha lugar privilegiado. Em uma sociedade onde a imagem e a teatralidade desempenham papel central é possível traçar paralelos entre redes sociais e histeria, conceito fundante da psicanálise proposto por Freud, cujos sintomas inexplicáveis pelas vias da medicina expressavam no corpo desejos inconscientes reprimidos. Com o imperativo do uso das redes sociais, estamos diante de um espaço virtual propício ao teatro histérico com todos os seus artifícios para capturar e reter a atenção de milhões de pessoas, em qualquer lugar do mundo, a qualquer instante.





Os novos sintomas, impulsionados por uma sociedade moldada pelas imagens e pelo consumo, se manifestam através de uma impulsividade no compartilhamento de fotos, momentos e enquadramentos que capturam olhares atentos no palco de encenações das redes sociais. Narrativas criadas para provocar sedução e fascínio, tal como Freud aponta para a relação entre histeria e sexualidade, cujos sintomas são expressões de fantasias inconscientes, em busca de uma satisfação sexual.


Nas plataformas, o sujeito não encontra resistência, e o que acontece é justamente o contrário, as mesmas estimulam a satisfação imediata com visualizações, curtidas, comentários, compartilhamentos. O que vemos é um teatro da vida real impulsionado por uma sociedade que valoriza a imagem e transforma a dramatização, a busca por atenção e pelo olhar do outro em um negócio extremamente rentável para alguns. Se, como aponta a teoria freudiana, todo sintoma ao mesmo tempo em que se mostra, esconde algo impossível de ser trazido à consciência, podemos nos questionar quais os possíveis conflitos e sofrimentos que não entram na cena que, agora, é virtual?


Para ler o artigo completo clique aqui: https://www.revista-pub.org/post/19112023



 
 
 

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